Sobre as Oficinas de Trocas de Saberes
Os Saberes abriram com chave de ouro as portas da Etapa Ilha Grande do Circuito Fluminense de Cultura Popular e Economia Solidaria da Costa Verde, trazendo atividades formativas com Oficinas e Curso de Extensão. Realizadas no formato virtual, adotado não só pelas restrições da pandemia Covid-19, mas sobretudo para facilitar o acesso e alcance de público, estas atividades proporcionaram uma rica troca de conhecimento com mestres e mestras de diversos saberes. Foram mais de 30 horas de encontros virtuais, beneficiando centenas de moradores da região, bem como de todo o Brasil. Esta etapa de formação, começou com as Oficinas, 04 ao todo:
08/03 – O MEI COMO FERRAMENTA DE FOMENTO CULTURAL NA PANDEMIA
- Gildasio Miranda do Carmo (Gil Del Carmo) - Diretor Cultural / Gestor do Fundo Municipal de Cultura de Mangaratiba
10/03: LIXO ZERO E CONSUMO CONSCIENTE = MOEDA SOCIOAMBIENTAL
- Alexandra Campos – Produtora Rural e Cultural
- Kadmo Côrtes – Vice Presidente Instituto Lixo Zero Brasil
12/03: EDITAIS E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
- Carolina Palhares – Turismóloga, Parecerista e Consultora de projetos culturais
- Claudia Andrade – Diretora Criativa de Projetos, Curadora e Produtora Cultural (Aquela Empresa criações e produções)
15/03: TECENDO REDES DE SOLIDARIEDADE
- Lucivânia Soares da Costa - Professora e Assessora da Frente Parlamentar de Apoio a Economia Solidaria da ALERJ
Todas tiveram acesso aberto, ilimitado e gratuito. Foram realizadas pela plataforma digital Google Meet, sempre das 19h às 21h. Com o formato interativo proposto, sob a mediação da professora e militanteducação Érica Mota, coordenadora das atividades formativas, todos os participantes puderam trocar ideias e tirar dúvidas com os ministrantes das Oficinas, profissionais referência em suas áreas de atuação. Aprendemos o que é necessário para se formalizar, para construir projetos institucionalmente viáveis, como implantar práticas sustentáveis e que construir junto é o caminho social e economicamente mais justo. Tecer uma rede de solidadriedade é empoderamento.
O conteúdo destas Oficinas foi estrategicamente pensado para atender fazedores da Cultura e empreeendimentos solidários em suas necessidades práticas. Por meio de uma construção lógica, propôs levar a estes agentes um apanhado de informações, saberes e ferramentas, que pudessem despertar a consciência do que é estar ativo neste universo de produções culturais e solidárias. Levar conhecimento que os auxiliassem no desenvolvimento e consolidação de seus projetos, assim como na participação das demais atividades do Circuito, a eles destinadas.
Iniciamos com Gildásio Del Carmo, na Oficina “O MEI como ferramenta de fomento cultural na Pandemia”. Nesta atividade, nosso solidário Gil apresentou o passo a passo para se tornar um Microempreendedor Individual – MEI, podendo assim emitir notas fiscais e participar de concorrências e editais. Gil é gestor público na área da Cultura e projetos culturais, Diretor Cultural e Gestor do Fundo Municipal de Cultura de Mangaratiba- FMCM pela Fundação Mário Peixoto.
Em seguida, na Oficina “Lixo Zero e Consumo Consciente = Moeda Social”, Alexandra Campos e Kadmo Côrtes, trouxeram suas experiências para mostrar que o que costumamos chamar de lixo, pode ser um canal de transformação muito valioso para você e nosso Planeta. Que simples mudanças de práticas cotidianas podem gerar renda e saúde aos nossos territórios e a quem nele vive. Que resíduos podem se transformar em Eco Moeda, capaz de movimentar toda uma cadeia produtiva. Kadmo Côrtes é Vice-Presidente do Instituto do Lixo Zero Brasil e Mentor do Programa Cidades Lixo Zero – Avanços Rumo a Destinos Sustentáveis e do Prêmio Atitude Cidadã. Alexandra Campos, é Historiadora com pós-graduação em Turismo, Produtora Rural e Cultural na Ilha Grande onde atua como uma das lideranças do Coletivo Educação Solidária. É co-idealizadora e placa mãe do Circuito.
Já na oficina “Editais e Elaboração de Projetos” Carolina Palhares e Cláudia Andrade desafiaram os inscritos a tirar ideias do papel, organizá-las em um projeto bem elaborado, inscrevê-lo em Editais e ver sonhos virarem realidade. Para tanto, mostraram como escrever um bom texto para conquistar o avaliador e como fazer o desenho e planejamento do projeto com soluções compatíveis com orçamento. Apresentaram ainda os diversos tipos de Editais no Brasil, públicos e privados, e inclusive de outros países destinados a projetos brasileiros, em múltiplas áreas de atuação: social, ambiental, cultural, de pesquisa. Carolina Palhares é Professora e Pesquisadora da UnB, Universidade de Brasília, com atuação nacional em elaboração e gestão de projetos culturais, corporativos e institucionais, nas áreas de artesanato, artes visuais, cinema, literatura, música, teatro e turismo, e também como Parecerista. Cláudia Andrade é profissional multifacetada, Diretora Criativa de Projetos na Aquela Empresa, Produtora Executiva, Jornalista, Atriz e Comunicóloga com mais de 35 anos de vivência profissional no Brasil, Estados Unidos e Europa. Foi Curadora, Diretora de Arte e Gestora do Espaço Vitrine do Circuito, para o qual também prestou Assessoria e Mentoria. É também a Editora e designer dos mosaicos deste Catálogo digital.
Fechando a nossa série de Oficinas da Etapa Ilha Grande do Circuito Fluminense de Cultura Popular e Economia Solidária da Costa Verde, Lucivânia Soares trouxe um tema muito sensível para nossas vidas: as redes de economia solidária e como podemos construir juntos. Na oficina “Tecendo Redes de Solidariedade” a professora mostrou o que são redes de solidariedade, como construí-las e o quanto elas podem transformar nossa sociedade de forma mais justa, inclusiva e harmônica. Por meio de suas experiências, abordou o funcionamento da Rede de Economia Solidaria, apresentando possibilidades de como integrar os fazedores de cultura na rede Estadual e assim trocar experiências no intuito de juntar forças e ampliar o poder de aglutinação destes movimentos. Lucivânia é Pedagoga, Professora da Rede publica de ensino de Angra dos Reis, RJ, Assessora da Frente Parlamentar de Apoio a Economia Solidaria da ALERJ e ativista das causas sociais, especialmente das mulheres trabalhadoras.
Foi nesta última Oficina da série oferecida pelo Circuito, que lançamos o desfaio de construir o Comitê de Cultura Popular e Economia Solidária da Costa Verde.