Sobre o Circuito Fluminense de Cultura Popular e
Economia Solidária da Costa Verde Etapa Ilha Grande
Circuito Fluminense de Cultura Popular e Economia Solidária é um projeto coletivo criado para atender as 10 regiões do estado do Rio de Janeiro com ações pensadas para ajudar a mitigar os impactos do Covid-19. Foi concebido e escrito por muitas mãos e mentes, todas de pessoas de Entidades da Economia Solidária. A importância do desafio solidário proposto pelo projeto foi reconhecida no Edital Retomada Cultural da Lei Aldir Blanc / 2020 da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro – SECEC-RJ, que lhe deu o aporte financeiro.
A Etapa Ilha Grande da região da Costa Verde, é um destes projetos, desenvolvido pelo Coletivo EDUCAÇÃO SOLIDÁRIA. Tendo à frente dos trabalhos a historiadora e ativista social Alexandra Campos, a placa mãe do Circuito, o desenho criativo do projeto se deu em um processo colaborativo. Contou com a contribuição das produtoras culturais Cláudia Andrade, da Aquela Empresa, expert em criação, elaboração e produção de projetos fomentados, e Dinha Dias, articuladora cultural referência da região, e ainda das professoras Erica Mota, ativista da transformação pela Educação, e Rosilda Benaccio, grande parceira do IEAR/ UFF – Instituto de Educação de Angra dos Reis.
Com o escopo desenhado, o primeiro e principal ator a acreditar neste desafio de tirar sonhos do papel e transformá-los em realidade, foi o PROFEC (Centro Ecumênico de Formação e Educação Comunitária). Assumiu a paternidade do projeto e entrou como Proponente do Circuito no Edital da SECEC-RJ, trazendo sua larga experiência em implementação e coordenação de ações voltadas para educação, formação e defesa dos direitos humanos, das crianças, adolescentes, jovens e mulheres da Baixada Fluminense, para o território da Costa Verde.
Aos poucos, outros parceiros e parceiras foram chegando para somar ao time de realizadores do Circuito. Cada um, cada uma, com um papel fundamental para garantir a execução plena das atividades com a presteza e qualidade almejada pelo projeto. Apoios valiosos que contribuíram nas mais diversas necessidades, desde as de infraestrutura, comunicação e autorizações às de conteúdo, saberes, alimentação e conforto que precisávamos para todos os envolvidos. Da equipe e colaboradores ao respeitável público.
Parcerias firmadas, patrocínio concebido, dinheiro em caixa, equipe formada, projeto adaptado para atividades virtuais, presencias e híbridas, respeitando as restrições da pandemia Covid 19, o Circuito ganhou asas em fevereiro de 2020. Realizou via plataformais digitais e em espaços da Vila do Abraão na Ilha Grande, as seguintes ações:
Oficinas Formativas – virtuais – 08 horas
Curso Cultura Popular e Economia Solidária - com Certificado de Extensão – virtual – 22 horas
Espaço EcoMoeda – EcoBanco com moeda social e gestão de residuos - presencial – 10 dias
Vitrine Cultural e Solidária – espaço expositivo e de escoamento de produtos e serviços – presencial – 07 dias
Festival Cultural – apresentações artísticas via plataforma digital – 02:30 horas
Catálogo Digital - plataforma digital em site próprio
Documentário – plataforma digital
Formação de Comitê – encontros virtuais
Ao todo, entre equipe, fornecedores, participantes das Oficinas, estudantes do Curso, expositores da Vitrine, artistas do Festival, clientes do Espaço EcoMoeda e pequenos produtores da Horta Comunitária da Vila do Abraão, a Etapa Ilha Grande beneficiou diretamente cerca de 700 pessoas com estas atividades. Formativas, culturais, lúdicas, de sensibilização socioambiental, de divulgação e de escoamento da produção e dos serviços da economia solidária da região da Costa Verde - Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Paraty e respectivos distritos.
Entre moradores da Ilha e turistas de várias origens brasileiras e internacionais, a Vitrine recebeu uma média de 100 visitantes por dia, mesmo com as limitações de fluxo turístico no período em que ela esteve aberta ao público, de 21 a 27 de março de 2021.
O Festival, realizado virtualmente pelo canal do Facebook do Coletivo Educação Solidária, no dia 16 de junho de 2021, teve um alcance de mais de 1.600 pessoas, 56 compartilhamentos e promoveu uma intensa interação com mais de 300 comentários.
Com o Catálogo Digital disponível nesta plataforma própria do Circuito, os mais de 100 expositores e artistas da Costa Verde ganham mais um canal para divulgarem e escoarem suas produções. Por ser virtual, abre as portas para o Mundo, com infinitas possibilidades.
Assim também é com o Documentário, disponível nesta plataforma e nas redes sociais do Coletivo. Qualquer pessoa de qualquer lugar do Brasil ou de outros países, poderá assisti-lo e conhecer mais de perto a história do Circuito que transformou uma realidade local.
Quanto ao Comitê, atingiu em suas reuniões para constituição formal um engajamento qualitativo, com dezenas de representantes da Economia Solidária Fluminense. Segue ativo, com uma longa e desafiadora jornada pela frente, cumprindo seu papel de discutir, promover e realizar ações em prol de uma Sociedade mais Solidária.
Todas estas ações do Circuito foram cuidadosamente pensadas para atender certas necessidades, suprindo assim algumas lacunas enfrentadas pelo setor, tais como:
identificar mapear e cadastrar os empreendimentos culturais e de produção criativa que fazem parte da Economia Solidária da região da Costa Verde;
dar voz às culturas tradicionais, fortalecendo seus agentes e mantendo viva suas manifestações ancestrais;
conscientizar sobre o consumo consciente e suas correlatas questões ambientais;
fomentar uma economia mais inclusiva, fazendo girar e aquecer a economia local, com sua própria moeda social;
promover educação e formação com trocas de conhecimento e saberes, relatando, debatendo e se aprofundando nos princípios e modos de gestão da cultura e economia solidária;
criar oportunidades de geração de trabalho e renda para os trabalhadores locais, bem como a sua emancipação social;
estimular a criação de uma rede de apoio regional ao comércio justo e solidário, baseado nos princípios de sustentabilidade, cooperação, autogestão e na valorização das culturas tradicionais da região.
Enfim, transformar a realidade para o bem de uma cultura Solidária, justa e economicamente viável.
Navegando por aqui, você vai poder conhecer melhor cada etapa deste Circuito e seus fazedores e fazedoras. Vai aprimorar seu conhecimento sobre estes temas, e poder se inspirar para, quem sabe, se juntar a esta rede solidária e se tornar mais um agente de promoção de transformações sociais em seu território.